Os rios e ribeiras urbanas têm um enorme potencial na promoção da sustentabilidade das cidades. Estes ecossistemas, quando estão em bom estado, são compostos não só pelas suas comunidades aquáticas (peixes, invertebrados, algas e plantas aquáticas), mas também por densos corredores de vegetação ribeirinha e fauna terrestre ou semi-aquática associada (aves, anfíbios, répteis, invertebrados). Estas áreas naturais dentro das cidades têm capacidade para fornecer importantes serviços para a população, desde a manutenção da biodiversidade urbana, à melhoria da estética e da qualidade do ar, mitigação de cheias e temperaturas extremas, estabelecendo áreas recreativas e promovendo o bem-estar e a saúde das populações.
A exposição EDURRIO, patente de 24 de julho a 15 de setembro pretende dar a conhecer estes ecossistemas aquáticos, presentes no quotidiano dos habitantes das cidades, mas muitas vezes desconhecidos dos mesmos.
As imagens mostram ribeiras escondidas pela cidade, a sua biodiversidade, e os serviços que elas nos fornecem.A exposição traz ainda à luz os seus problemas, deixando recomendações de medidas de gestão e boas práticas com vista à sua melhoria.
Esta exposição é apresentada no Jardim Público de Évora onde são expostas diferentes temáticas através de 28 painéis:
A equipa de investigação nos bastidores desta exposição é constituída por cinco investigadoras do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, e ARNET, de diferentes unidades regionais (MARE-Universidade de Coimbra, MARE-Universidade de Évora e MARE-Politécnico de Leiria): Ana Raquel Calapez e Maria João Feio (MARE- UC), Carmen Elias (MARE-PL), Mafalda Gama e Sílvia Pedro (MARE-UE). A maioria das imagens expostas surgem no decorrer de trabalhos de investigação sobre a ecologia de ecossistemas ribeirinhos urbanos da equipa MARE-UC (Grupo “Freshwater Ecology”) em colaboração com outros investigadores (Carlos Alexandre, Jaime Ramos, Salomé Almeida e Sónia Serra).