Qual é coisa qual é ela que vem do MARe?
Qual é coisa qual é ela que muitos adoram, muitos nem sequer consideram e outros desdizem, mas acabam por cair na tentação? Pois é, se pensou em comida, mais especificamente naquela que não dá trabalho algum – a pré- cozinhada – acertou!
No próximo dia 8 de junho o Webinar sobre o projeto MENU explicará tudo sobre “O Oceano e as algas marinhas - uso sustentável na indústria alimentar”.
Porque MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente também significa desenvolvimento e inovação, há uma equipa a trabalhar no projeto MENU - Marine macroalgaE: alternative recipes for a daily NUtritional diet e no próximo dia Mundial dos Oceanos (8 de junho) haverá um webinar sobre o projeto. O nome já explica “ao que vêm”: o projeto dedica-se a cultivar espécies de macroalgas comestíveis, pré-selecionadas em tanques de aquacultura. A equipa também se ocupa de caracterizar a composição nutricional das espécies para utilizá-las posteriormente no desenvolvimento de refeições pré-cozinhadas doces ou salgadas. Se não sabe fica já a saber, as macroalgas têm um grande valor nutricional e bioatividades com muitos benefícios para a saúde humana.
O projeto, coordenado pela investigadora do MARE Ana Marta Gonçalves do polo da Universidade de Coimbra, surgiu com o intuito de criar produtos alimentares que deem resposta à crescente população mundial. A redução de água potável, a degradação dos solos e o uso excessivo de fertilizantes e pesticidas no desenvolvimento de produtos agrícolas começavam a exigir novas formas de cultivo.
Agora imagine um projeto desta envergadura a andar para a frente em plena pandemia. O que é feito das tão “conhecidas e adoradas” provas? E dos deliciosos workshops?
“A situação de pandemia ocorreu poucos meses depois deste projeto ter iniciado, o que comprometeu tarefas do projeto como o desenvolvimento em pleno de refeições pré-cozinhadas e a realização de workshops para o público em geral, que, até ao momento não têm tido condições para se realizar no formato pretendido. Estes workshops têm como objetivo o melhoramento dos produtos alimentares, com base em questionários preenchidos pelo público participante durante a prova dos diferentes produtos”, explica a investigadora Ana Marta Gonçalves.
No entanto, e dentro das limitações atuais, foi possível “realizar parte das tarefas do projeto, havendo produtos alimentares que estão em fase de melhoramento e outros ainda numa fase de desenvolvimento. Também têm sido divulgados os trabalhos desenvolvidos em congressos internacionais da área e a produção de manuscritos em revistas indexadas. Temos a plena consciência que numa situação não pandémica teríamos conseguido, nesta fase, atingir todos os objetivos propostos”, nota.
Há interesse e sobretudo curiosidade por parte do público, especialmente por causa dos benefícios para a saúde. São produtos alimentares que permitem obter nutrientes essenciais com os benefícios de terem sabor e textura agradáveis e de permitirem diversificar a sua dieta.
Sabe aquele dia-a-dia em que não paramos de ouvir “plim” no telemóvel, “plim” no email e até “plim” nas nossas cabeças como aviso das inúmeras tarefas que devemos realizar ao longo de um só dia com apenas 24 horas? Até esta frase foi extenuante. Pois é a vida em pleno século XXI. Graças aos investigadores temos comida pré-cozinhada. Ufa, menos uma tarefa! Sente-se tentado a experimentar?
Figura - Produtos alimentares à base de macroalgas marinhas, de refeições doces e salgadas,
desenvolvidos no âmbito do Projeto MENU - Marine Macroalgae: alternative recipes for a
daily nutritional diet, coordenado pela investigadora Ana Marta Gonçalves do Centro de
Ciências do Mar e do Ambiente da Universidade de Coimbra.