Sabia que há 33 golfinhos em cativeiro em Portugal, entre o Jardim Zoológico (oito) e o Zoomarine Algarve (25) para fazer espetáculos? E não só golfinhos, como leões marinhos e focas também são vítimas de exploração circense. Este é um tema que sensibiliza algumas personagens que têm reagido a este problema. Pedem legislação apropriada para assegurar a proteção e o bem-estar dos cetáceos em cativeiro, sonham com um mundo livre para estes animais.
O programa da Linha da Frente "Sabem que sou inocente" desta semana (episódio 27), trata dessa mesma falta de liberdade. Falam biólogos, tratadores e até um ex-diretor de comunicação que refere que aquela "relação de amor" entre animais e treinadores não espelha a realidade. Há vários relatos sobre o sofrimento dos animais selvagens em cativeiro. O investigador do MARE-ISPA Manuel Eduardo dos Santos também participa neste programa e começa por dizer que
"as piscinas onde vivem mamíferos marinhos são sempre muito pequenas para aquilo que deveriam ser idealmente". E explica que é natural que golfinhos que vivem no oceano tenham comportamentos muito diferentes dos que vivem em meio artificial, com uma série de aspetos do seu ambiente que são diferentes. Hoje já se sabe que
os animais sofrem de tédio e até de bullying, esclarece.
Já há apelos a um novo modelo, que respeite o bem-estar e a dignidade do animal. Defende-se a criação de santuários em que possam habituar-se a outro tipo de vida, que é o que defende também o investigador do MARE.
Pode visualizar o programa
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