Maria José Costa distinguida com o Grande Prémio Ciência Viva

A investigadora aposentada do MARE, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Maria José Costa, foi distinguida com o Grande Prémio Ciência Viva 2023, pelo seu contributo para a biodiversidade marinha e literacia do oceano. O anúncio foi feito esta segunda-feira pela entidade promotora do galardão.

A entrega dos prémios está prevista para o Dia Nacional da Cultura Científica, 24 de novembro, pelas 15h, no Auditório José Mariano Gago do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. A cerimónia está também integrada na Semana da Ciência e da Tecnologia, onde o MARE participará com atividades e sugestões!

Como recebeu a grande notícia de que seria seu o grande prémio Ciência Viva deste ano?

Foi com surpresa que recebi a notícia do prémio, o que me deixou muito feliz. Não estava à espera.

Desde criança que tenho a paixão do mar talvez por passar praticamente os 3 meses de férias de Verão na Costa da Caparica onde aprendi a nadar com o banheiro e onde íamos nadar até aos barcos dos pescadores que estavam ancorados quando vinham da faina.

Que trabalho tem realizado ao longo deste ano?

Atualmente sou consultora científica no projecto do Livro Vermelho dos peixes marinhos de Portugal, liderado pelo Oceanário de Lisboa e Fundação Oceano Azul. Também, através da Amonet, colaboro num Projeto financiado pela CIG de empoderamento das jovens mulheres cientistas e sensibilização para as carreiras científicas no feminino.

Continuo a divulgar as Ciências do Mar sempre que possível e sem esquecer que o mar começa no rio, escrevi ultimamente um livro de divulgação sobre o estuário do Tejo.

Qual é o passo mais importante a dar rumo a uma divulgação eficaz da ciência em Portugal?

Penso que uma eficaz divulgação da Ciência passa por duas vertentes, por um lado nós cientistas sermos claros e concisos sobre a mensagem e não recorrer a linguagens herméticas e, por outro lado, sensibilizar os jornalistas que se dedicam a esta área, e que são ainda poucos em Portugal, para a importância do nosso trabalho. Temos também de nos aproximarmos da opinião pública, que não se encontra ainda muito sensibilizada para a Ciência.