Portugal tem um passado intrinsecamente ligado ao mar, um povo destemido de navegadores que desenvolveu naus e caravelas, e adaptou utensílios de navegação que nos permitiu chegar além-fronteiras por mares nunca antes navegados. Apesar de ter uma área terrestre pequena, é um dos maiores países do mundo em termos de jurisdição marítima, onde existe uma riqueza natural incalculável. No entanto, os desafios de hoje não se alinham com a proteção da Natureza, colocando em risco a sua sobrevivência. Para proteger o ambiente marinho, Portugal criou algumas dezenas de Áreas Marinhas Protegidas (AMP), mas a biodiversidade continua em declínio. Será que a proteção é real? O investigador do MARE-ISPA, Gonçalo Silva, no artigo “Portugal e a Biodiversidade Marinha: O papel das Áreas Marinhas Protegidas e outras ferramentas para a conservação”, faz um diagnóstico do estado das AMP em Portugal, apresenta casos de sucesso, e indica algumas ferramentas e soluções que podem contribuir para o funcionamento mais eficaz das AMP. O investigador questiona ainda as metas estabelecidas pelo governo: “Mesmo que teoricamente as metas 30x30 sejam atingidas, será que vamos conseguir atingir os objetivos primordiais, i.e., a proteção efetiva dos habitats e da biodiversidade?” Mergulhe neste artigo e saiba se estamos a ir no caminho certo!
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