No passado dia 15 de novembro, investigadora do MARE Zara Teixeira, participou na mesa-redonda do projeto POIESIS, que reuniu comunicadores científicos e investigadores de diversas instituições portuguesas.
POIESIS é um projeto de três anos, que reúne sete parceiros de toda a Europa, para o estudo do impacto das questões de integridade da investigação, e das práticas de envolvimento da sociedade, na confiança na ciência. Ou seja, o projeto procura combater a desconfiança da sociedade em relação à ciência, compreendendo como a integridade científica e a integração dos cidadãos na investigação, poderá promover confiança na ciência.
A investigadora do MARE Zara Teixeira, é um elemento bastante presente no projeto, tendo inclusivamente participado em duas reuniões de stakeholders, para partilhar “reflexões, dúvidas e boas-práticas do MARE que contribuem para a integridade científica, a organização da ciência, o envolvimento do público e a comunicação de ciência.”
"A problemática da confiança na ciência tornou-se mais óbvia após a pandemia COVID-19”, começa por explicar a investigadora.” Projetos como o POIESIS são extremamente relevantes para compreender como poderemos contribuir para combater a desconfiança da sociedade em relação à ciência.”
Mais recentemente, Zara Teixeira foi uma das quatorze participantes na mesa-redonda do projeto, onde se discutiram recomendações de boas práticas institucionais sobre integridade científica e comunicação de ciência. Ao longo da sessão, foi ainda debatido novas formas de implementação destas orientações em quatro áreas-chave: integridade científica, organização da ciência, envolvimento do público e comunicação de ciência.
“No final, sentimos que, em geral, em Portugal, a desconfiança na Ciência não é generalizada, no entanto há um maior escrutínio. Independentemente desta percepção dos participantes nos eventos, há uma sensação geral de que há ainda muito por fazer para reduzir a desconfiança do público”, refere a investigadora.
Segundo o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE, onde decorreu a parte presencial da mesa-redonda, os resultados serão divulgados no início de 2025. Apesar disso, Zara Teixeira adianta que, diminuir a desconfiança do público face à ciência, passa por “uma maior cultura de transparência; um sistema de avaliação de desempenho dos investigadores efetivamente menos focado em métricas quantitativas; práticas inovadoras e sustentáveis no tempo de envolvimento do público, e uma maior valorização da comunicação de ciência.”.
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