Nos passados dias 3 e 5 de março decorreu em Washington DC, a reunião anual do The Working Group on Introduction and Transfers of Marine Organisms (WGITMO). A reunião contou com a participação dos investigadores do MARE Paula Chainho e João Canning-Clode, que foi reeleito para um novo de mandato de três anos, como presidente.
Em nota à impressa, João Canning-Clode revela que "A decisão foi tomada por unanimidade durante a reunião anual do grupo, que decorreu na semana passada em Washington, D.C., EUA, consolidando a sua liderança neste organismo internacional".
Já Paula Chainho apresentou o relatório anual de Portugal, onde são identificadas três novas espécies introduzidas nos estuários e zonas costeiras continentais, uma nos Açores e uma na Madeira. Apresentou ainda os novos projetos de investigação desenvolvidos em Portugal sobre esta temática.
Este grupo de trabalho (Working Group on Introductions and Transfer of Marine Organisms - WGITMO), analisa os vetores de introdução de espécies não indígenas, as ferramentas usadas para detectar a sua presença e os impactos causados pelas mesmas nos ecossistemas invadidos, entre outros aspetos.
Como explica João Canning-Clode, “o WGITMO é um grupo que reúne peritos de todo o mundo para estudar a introdução e transferência de organismos marinhos, com particular foco nas espécies aquáticas invasoras e no seu impacto nos ecossistemas oceânicos." Para além disto, o grupo de especialistas "desempenha um papel essencial na monitorização e avaliação de espécies invasoras, promovendo a detecção precoce, a análise da dinâmica populacional, os seus impactos ecológicos e o desenvolvimento de estratégias de mitigação".
Este grupo de trabalho regista anualmente novas invasões na área geográfica do ICES, desempenhando por isso, um papel de aconselhamento a várias entidades governamentais e de gestão, para minimizar os riscos ambientais e económicos associados a estas invasões.
Segundo o investigador do MARE “A renovação do mandato reforça a posição da Região Autónoma da Madeira e de Portugal na investigação científica marinha a nível global, consolidando a sua influência na gestão sustentável dos oceanos e na preservação da biodiversidade marinha".