Sensibilidade do Ecossistema Marinho Antártico às Alterações Climáticas
LOCAL: Anfiteatro 8.2.38 FCUL, edifício C8, piso 2, Lisboa
A Península Antártica Ocidental (PAO) é uma das regiões do Planeta onde se registra o mais rápido aquecimento dos últimos 50 anos. A temperatura do ar superficial aumentou 2oC na média anual e 6oC na média do inverno. A temperatura da água superficial também aumentou mais de 1oC no mesmo período e cerca de 87% das geleiras da PAO estão em retracção. A extensão do gelo marinho reduziu e sua duração média encurtou cerca de 90 dias, sendo o gelo perene não mais uma característica deste ambiente. Estas mudanças no clima regional e na dinâmica do gelo marinho afectam todos os níveis da cadeia alimentar, desde comunidades microbianas, produtores primários (fitoplâncton), krill e outros organismos zooplanctónicos, peixes até predadores de topo, cujas histórias de vida apresentam diferentes graus de afinidade com o gelo. No entanto, a complexidade das cadeias tróficas juntamente com a fraca amostragem na região constrangem os esforços para prever o futuro e, assim, gerir e proteger da melhor forma os recursos marinhos da região.