Segundo Nuno Gomes, coordenador do INOVC+, projeto que apoiou o evento comemorativo, "O MAREFOZ é um caso de estudo no desenvolvimento regional da economia azul."
Os indicadores lançados pela gestora do laboratório MAREFOZ, Carla Garcia, justificam a afirmação. Para uma equipa que começou com apenas cinco pessoas, os resultados são evidentes e positivos: nos últimos sete anos "foram captados cerca de sete milhões de euros" para projetos de valorização dos recursos marinhos, de conservação, literacia e educação ambiental e prestações de serviços. O laboratório tem crescido em recursos humanos que dão suporte ao trabalho de investigação, mas também em dimensão no financiamento captado e em número de colaborações. E este trabalho colaborativo que distingue o MAREFOZ. Acima de tudo, assume-se como uma unidade de interface entre o conhecimento académico e as empresas.
Não é de admirar que o evento tenha juntado na Figueira da Foz entidades como a CIM-Região de Coimbra, Município da Figueira da Foz, Universidade de Coimbra, Conselho Empresarial da Região de Coimbra, Porto da Figueira da Foz, Seapower, +Atlântico Colab, EMEPC, Fórum Oceano, PO Centro 2020, DRAP-Centro, ANI, GET2c, ISISE e IPMA.
Dos vários debates que se fizeram ao longo do dia, retemos um argumento, que teimou em aparecer de forma repetitiva: Portugal tem muito potencial científico, mas falta-nos escala e falta-nos melhorar a relação com o setor privado, muito embora o caminho feito até ao momento seja positivo.
Os responsáveis pelo laboratório acreditam estar a entrar numa nova fase e que o novo Campus da Universidade de Coimbra na Figueira da Foz, casa-mãe do Laboratório, será também uma alavanca, juntamente com o tão esperado Hub Azul da Costa Atlântica. Resultados que são possíveis também graças ao apoio de toda a estrutura do MARE e das suas várias Unidades Regionais de Investigação.