À conversa com um Ecólogo: Cinco perguntas a Pedro Anastácio

O investigador do MARE Pedro Anastácio, foi o mais recente convidado na série “À conversa com um Ecólogo”. Esta iniciativa trata-se de uma parceria entre a revista Wilder e a Sociedade Portuguesa de Ecologia, que nos dá a conhecer diferentes ecólogos portugueses. 

O investigador do MARE Pedro Anastácio começou a interessar-se pela natureza “bastante cedo” através das atividades dinamizadas pelo antigo ecólogo e professor da Universidade de Coimbra Francisco Ferrand d’Almeida. Hoje, com 57 anos de idade, o investigador do MARE foca-se principalmente nos ecossistemas de água doce e na fauna exótica invasora, estudando como as espécies invasoras se dispersam, onde podem ocorrer, quais os impactos que causam no ambiente e como são percebidas pelas pessoas.

Para Pedro Anastácio a melhor parte do seu trabalho é “Sem dúvida, o trabalho de campo, onde posso lidar diretamente com as espécies que estudo”.  Segundo o investigador a área da ecologia é extremamente importante “Porque faz a ligação entre tudo o que é vivo e não vivo, permitindo compreender como o mundo funciona. É como levantar um véu e perceber que, para além das relações diretas e visíveis, existe uma complexa rede invisível de interações entre criaturas e fenómenos naturais.”

De futuro, Pedro Anastácio gostaria de continuar a desenvolver trabalho na área da ecologia. “O meu trabalho, apesar de abranger todo o planeta, exige passar demasiado tempo em frente ao computador. Por isso, gostaria muito de participar numa expedição científica a um local remoto. Um exemplo seria visitar o Monte Roraima, na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Pelo seu isolamento, essa região abriga muitas espécies que não existem em mais nenhum lugar do mundo”, conclui.

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