ASCEND

Multigenerational Adaptation of Ascidians to Ocean Warming and Acidification
Acrónimo: 
ASCEND
Referência: 
LISBOA-01-0145-FEDER-028609
Ano de início: 
2018
Ano de fim: 
2021
Tipo de projeto: 
Nacional
Investigador principal: 
Tiago Repolho
Coordenação MARE: 
Tiago Repolho
Instituições participantes: 
Department of Neuroscience (Uppsala University, Sweden); Sven Lovén Centre (University of Gotenburg, Sweden)
Entidade financiadora: 
Programa Operacional Regional de Lisboa / FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia / MCTES (PIDDAC)
Estado: 
A decorrer
Resumo: 

A concentração atual de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera atingiu níveis de 380-400 uatm aproximadamente e é expectável que estes aumentem para 730-1020 uatm até 2100. Parte do CO2 emitido é dissolvido nos oceanos causando uma diminuição do pH da água através de um processo denominado acidificação dos oceanos. Consequentemente, é expectável que o pH do oceano baixe entre 0,13 e 0,42 unidades de pH até ao final do século. Paralelamente, e como resultado do efeito de estufa associado às emissões de CO2, prevê-se que as temperaturas médias globais subam, levando a um aumento (entre 0,71-2,73°C) da temperatura média da água do mar. Neste contexto, a combinação do aquecimento e acidificação dos oceanos levará a efeitos deletérios nos organismos marinhos. Ainda assim, a maioria da investigação efetuada sobre as alterações climáticas centrou-se ensaios contemplando apenas uma espécie/estágio de vida, um só factor e curta duração, não analisando as respostas de um ponto de vista multigeracional. De facto, o potencial para adaptação evolutiva das espécies aos impactos das alterações climáticas pode ser o mecanismo chave para atenuar as consequências negativas destes. As ascídias são um dos invertebrados com maior distribuição pelo mundo. Dentro deste grupo, a Ciona intestinalis é um organismo modelo e sistema biológico fascinante, ideal para estudos de reprodução/desenvolvimento, neurofisiologia e evolução. O seu papel ecológico, curta geração, facilidade de manutenção em laboratório, manipulação e genoma sequenciado tornam esta espécie um modelo ideal para estudar evolução adaptativa ao aquecimento e acidificação dos oceanos. O objetivo geral do projeto ASCEND é explorar o potencial para evolução adaptativa da ascídia C. intestinalis em resposta ao aquecimento (+3°C) e acidificação (1000 uatm pCO2) dos oceanos, integrando uma avaliação compreensiva das respostas biológicas chave sob as perspetivas de desenvolvimento.