Projeto CLIMAREST quer melhorar a produção de algas
O projeto CLIMAREST pretende ajudar a reforçar a cobertura de algas em áreas com baixa densidade de florestas de macroalgas na costa sul da Madeira. 
Em entrevista à RTP Madeira, o investigador João Monteiro explicou como quer melhorar a produção de algas disponíveis para restauração de ambientes costeiros rochosos degradados. “Trabalhamos com duas espécies, a cystoseira e uma das espécies de sargaço nativos aqui da região”, refere.
Parte do processo, inclui o recrutamento de algas adultas reprodutoras às populações remanescentes. “Basicamente nós agitamos estas algas em água para a água ficar cheia de esporos e gametas e depois colocamos numa superfície para testar caso elas fiquem lá fixas ou não", explica o investigador.
Caso se consigam fixar, estas algas permanecem no laboratório 1 a 3 meses, até atingirem um tamanho de 1 a 2 cms. Posteriormente, a superfície onde a alga se encontra fixa (que pode ser uma pedra ou um azulejo), são introduzidas na natureza. Para isso, são utilizadas “umas plataformas modelares” onde são colocadas.
Este processo, pode ser bastante demorado, e como tal, há uma monitorização constante. “Todos os meses são monitorizadas tanto as algas que estão nas plataformas modulares que lá pusemos. No fundo, serve de "nursery", que é onde nós colocamos as algas. E depois também monitorizamos à volta para ver se ou quando é que começa a haver um efeito positivo na zona circundante para também ter algas”, refere João Monteiro. “O objetivo é verificar se conseguimos pôr lá as algas e que elas criem uma pequena comunidade à volta daquela zona".
A equipa de investigadores que integra o projeto, está também a estudar possibilidades futuras para melhorar a produção de algas disponíveis para a restauração. "Tivemos uma equipa de 4 pessoas no European Ocean Days, onde estivemos já a fazer o pitch de futuros projetos, e já começámos a angariar parceiros para uma nova candidatura para um outro projeto no seguimento deste”, conclui o investigador.